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Jornais dobrados

Reajuste nos planos de saúde: como se proteger de aumentos injustificados

  • Foto do escritor: César Augusto Ferreira
    César Augusto Ferreira
  • 1 de jul.
  • 3 min de leitura

Você já se assustou ao receber o boleto do plano de saúde e perceber que a mensalidade subiu – e muito? Saiba que você não está sozinho. Muitos consumidores têm enfrentado aumentos abusivos, sem entender exatamente o motivo ou se aquilo está dentro da lei.


Neste post, vamos te explicar de forma simples e objetiva quais são os tipos de reajustes permitidos, o que dizem as regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e do Código de Defesa do Consumidor (CDC), e como você pode se proteger contra cobranças indevidas.


Quais são os tipos de reajustes nos planos de saúde?

A ANS, órgão que regula os planos de saúde no Brasil, permite três tipos principais de reajuste:


1. Reajuste por faixa etária

É o aumento aplicado conforme o beneficiário muda de faixa etária, com base na tabela do plano. Esse tipo de reajuste é comum e legal, desde que previsto em contrato e que respeite limites estabelecidos pela ANS. Atenção: o último reajuste permitido é aos 59 anos – depois disso, a Lei proíbe aumentos abusivos em razão da idade.


2. Reajuste anual por variação de custos (reajuste técnico ou financeiro)

Aplica-se principalmente aos planos coletivos (empresariais ou por adesão), e tem como base o aumento dos custos médicos e hospitalares. Já nos planos individuais ou familiares, esse reajuste deve seguir o limite máximo definido pela ANS todos os

anos.


Em 2024, por exemplo, o índice autorizado pela ANS foi de 6,91% para planos individuais. Se o reajuste do seu plano for maior que isso e ele for individual, pode ser ilegal.


3. Reajuste por sinistralidade (plano coletivo)


Ocorre quando a operadora argumenta que os custos com atendimentos e procedimentos dos beneficiários superaram o previsto. É um cálculo técnico, mas que deve estar claro no contrato e ser devidamente justificado.O problema é que muitos planos de saúde coletivos são criados com apenas uma ou duas pessoas da mesma família, e não de fato uma empresa com funcionários. Isso é o chamado “falso coletivo” — e nesse caso, o Judiciário tem considerado que devem valer as mesmas regras dos planos individuais.


O que diz o Código de Defesa do Consumidor?

O CDC (Lei 8.078/1990) protege o consumidor contra aumentos abusivos. Ele estabelece que é vedado exigir vantagem manifestamente excessiva (art. 39, inciso V) e que qualquer cláusula contratual que cause desequilíbrio entre as partes pode ser considerada nula (art. 51).


Isso significa que, mesmo se o contrato prever o reajuste, ele pode ser contestado judicialmente se for desproporcional ou não tiver explicação clara.


Como saber se o reajuste é abusivo?

Aqui vão alguns sinais de alerta:


✅ Reajuste superior ao teto da ANS, no caso de plano individual;

✅ Aumento sem aviso prévio ou sem justificativa clara;

✅ Percentuais de reajuste muito superiores à inflação anual;

✅ Reajuste acumulado e retroativo;

✅ Plano coletivo que só atende o sócio e sua família, sem funcionários


O que fazer se você desconfiar de aumento indevido?


  1. Peça explicações por escrito à operadora sobre o reajuste;

  2. Consulte o índice autorizado pela ANS (disponível no site oficial);

  3. Reúna os boletos dos últimos 3 anos – é possível pedir revisão judicial e até devolução do que foi pago a mais;

  4. Fale com um advogado especializado em Direito do Consumidor ou da Saúde;

  5. Denuncie à ANS e ao Procon, se necessário


Conclusão


Ter um plano de saúde é essencial, mas você não precisa aceitar qualquer aumento como se fosse normal. O reajuste só é válido se seguir as regras da ANS e respeitar os seus direitos como consumidor.


Fique atento, questione, peça informações e busque apoio especializado sempre que notar um reajuste acima da média. Proteger seu bolso também é cuidar da sua saúde!


Gostou do conteúdo? Compartilhe com amigos e familiares que também têm plano de saúde. Informação é a melhor forma de se defender!


📩 Dúvidas ou quer analisar o reajuste do seu plano? Entre em contato com nosso time jurídico.



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